quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

As 10 melhores ideias verdes do ano.

A revista Super Interessante destaca as 10 melhores ideias verdes de 2011.

Cinco ideia verdes para você aplicar no dia a dia:
 

1. 6 dicas para evitar o desperdício de comida
Você costuma deixar comida no prato? Ou cozinha mais do que vai comer e sempre acaba jogando alguma coisa no lixo? Algumas atitudes simples podem fazer a diferença quando o assunto é desperdício de comida. Os impactos são sentidos em toda a cadeia de produção de alimentos (desde o cultivo até a mesa). Veja alguns números dessa realidade e algumas ações simples para aplicar no seu cotidiano.
2. Viaje de forma mais sustentável
As dicas foram postadas nas férias de julho, mas valem pra qualquer época do ano. Viajar de forma sustentável passa pelo respeito à cultura local, o cuidado com o meio ambiente e a abertura para novas ideias. Se você vai viajar neste final de ano, aproveite para colocá-las em prática!
3. O que água engarrafada tem a ver com sustentabilidade?
Annie Leonard ficou conhecida na internet por abordar temas complexos em vídeos didáticos e interessantes. Foi assim com A História das Coisas e A História dos Cosméticos, e também com um assunto que pouca gente pensa a respeito: a água engarrafada. Por que a fabricação desse tipo de água impacta os recursos do planeta e por que, afinal, a consumimos dessa forma?
4. Para entender a polêmica das sacolas plásticas
Usar ou não usar sacolas plásticas de supermercado? Eis a questão (polêmica), muito discutida este ano com leis que proíbem o uso em algumas cidades como Belo Horizonte e São Paulo. Duas visões opostas são apresentadas neste post e ajudam você a entender a questão.
5. Como transformar lixo orgânico em adubo
Casca de frutas, sobras de verduras e restos de alguns alimentos podem se transformar em adubo com um processo chamado compostagem doméstica. Aprenda como fazer uma composteira em casa, entenda o que deve ser feito para chegar ao adubo e mãos à obra!

Cinco projetos mostrados no Ideias Verdes que merecem destaque:

1. Florestas Inteligentes: reflorestamento e inclusão social em penitenciária
“O homem e a floresta em pé” é o lema do projeto Florestas Inteligentes, que investe na recuperação ambiental com base na inclusão social de reeducandos da penitenciária de Tremembé, em SP, que recebem salário, curso de qualificação e redução da pena com o cultivo de mudas.
2. Strawberry Tree: primeiro carregador público de celular movido a energia solar
Estudantes da Sérvia criaram um carregador público de celular alimentado por energia solar. A invenção ganhou prêmio na Europa e o primeiro modelo instalado no país fez o maior sucesso. A Strawberry Tree (árvore de morango) é simpática como espaço de convivência (com banquinhos na sombra para a pessoa aguardar enquanto seu celular é carregado) e bastante útil para não deixar ninguém na mão quando a bateria do celular acaba.
3. Bike Anjo: pedale sem medo pela cidade
Se pedalar em uma grande cidade como São Paulo dá medo, que tal chamar um anjo para ajudar? Ciclistas experientes formam uma rede que dá apoio a quem quer começar e precisa apenas de um estímulo, companhia e dicas sobre posicionamento no trânsito e rotas alternativas que fogem de grandes avenidas. O projeto foi vencedor do Programa Bayer Jovens Embaixadores Ambientais, realizado em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
4. Projeto brasileiro tranforma lixo em material de construção
A proposta do Lixo Zero, Arquitetura Sustentável, Energia Renovável fez sucesso no exterior. A ideia é reaproveitar todo tipo de lixo gerado nas cidades em Usinas Limpas, que processam resíduos orgânicos, plásticos e minerais (incluindo lodo e esgoto dos córregos e rios) e dão origem a materiais de construção, fertilizantes e energia. O projeto esteve entre os três finalistas premiados da competição internacional A competição Moradia Ideal – Colaboração para Cidades Mais Inclusivas e Sustentáveis (Sustainable Urban Housing – Collaborating For Liveable And Inclusive Cities).
5. DescolaAí: a tendência do consumo colaborativo
E se o que é “seu” ou “meu” pudesse ser “nosso”? Fazer consumo colaborativo é mudar a perspectiva do consumo baseado na posse. Se você pode dividir algo ou pegar emprestado um objeto que é de uso pontual, por que não fazê-lo? O portal brasileiro DescolAí entrou no ar este ano com a proposta de criar um rede de consumo diferente, com a troca e aluguel de artigos que muitas vezes ficam encostados no armário ou esquecidos na gaveta.

Abasteça o carro com casca de laranja.

Que tal usar as cascas da laranjada do café da manhã para abastecer seu carro com energia limpa? Essa é a ideia de pesquisadores da USP – em parceria com especialistas das universidades de Córdoba e York, na Espanha e Grã-Bretanha–, que estão testando um método de produção de biocombustível a partir dacasca da laranja.
Funciona assim: os restos da produção industrial de suco de laranja – só no Brasil, cerca de oito milhões de toneladas de casca da fruta são jogadas no lixo, todos os anos – são triturados e colocados em uma máquina, onde são expostos a altas potências de micro-ondas, capazes de ativar a celulosepresente na casca. A substância, então, é isolada e utilizada na fabricação do biocombustível – usado, entre outros fins, para o abastecimento de veículos.


Se der certo, a tecnologia – que está em fase de testes, inclusive no Brasil – poderá incentivar a produção de energia limpa no mundo e, ainda, ajudar a resolver o crescente problema do lixo. Isso porque, de acordo com os pesquisadores, a máquina desenvolvida por eles é capaz de processar cerca de seis toneladas de resíduos por hora. E mais: a técnica funciona não só com cascas de laranja, mas com qualquer produto que contenha celulose –incluindo papel e cartolina.


Como se não bastasse, os cientistas ainda garantem que, no futuro, a tecnologia poderá ser aplicada em escala doméstica, por qualquer mortal que tenha dinheiro para comprar a “máquina mágica” desenvolvida por eles –atualmente, avaliada em R$ 2,7 milhões. Um investimento e tanto…


Google Earth mostra o impacto das barragens.

Google Earth mostra o impacto das barragens hidrelétricas em rios, pessoas e no clima.

Toda forma de produção de energia, mesmo que limpa, causa um impacto no meio ambiente, nas pessoas que vivem em seu entorno e na economia. Não é porque a geração a partir do sol, vento ou da água não emite gases do efeito estufa que ela está livre de causar efeitos negativos.

Se você tem muitas dúvidas sobre o tema, eis uma boa notícia! O Google Earthse uniu às organizações International Rivers* e Friends of the Earth* para disseminar mais informações e estimular o debate. A iniciativa oferece simuladores que analisam como as barragens hidrelétricas transformam a lógica do clima, os ecossistemas dos rios e interferem na vida das pessoas –principalmente as que dependem diretamente dos rios para a sua sobrevivência. Tudo isso relacionado às previsões de mudanças climáticas.

Os arquivos executados pelo programa estão disponíveis para download – você os encontra no final deste post do Google Lat Long Blog
. Eles mostram como astransformações do clima afetarão os fluxos dos rios da África, da Amazônia e daqueles alimentados pela geleira do Himalaia. O comprometimento da segurança das barragens previstas nesses locais é apenas um dos problemas. Na Amazônia, os reservatórios de água poderiam, até, causar mais poluição: com o alagamento da floresta, a matéria orgânica perdida se decompõe e emite metano, um dos gases do efeito estufa.

No vídeo abaixo – clique em cc para legendas em português- você pode participar de um tour mundial – com os dados e simulações do Google Earth – pelos principais lugares do mundo onde mais barragens serão construídas. A narração é de Nnimmo Bassey, presidente do Friends of the Earth:
  
Essa é apenas uma visão do que se deve levar em conta quando se discute a instalação de novas hidrelétricas, principalmente porque não engloba umacomparação de impactos, custos e eficiência em relação a outras fontes de produção. Perfeito em tempos de polêmicas sobre a construção da hidrelétrica de Belo Monte e de outras tantas que veem por aí. Que bom seria se o Google simulasse os impactos de usinas solares e eólicas, que poderiam complementar – e não substituir – a energia produzida por hidrelétricas, não é mesmo?


*International Rivers